Expectativa para o depoimento de Alexandre Ramagem na Polícia Federal, o que pode acontecer nos próximos dias. O deputado federal foi diretor da Abin, a Agência Brasileira de Inteligência, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ele foi alvo de operação contra uma organização criminosa que montou uma “estrutura paralela” na Abin para espionagem ilegal. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou as ações.
O grupo teria monitorado autoridades, interferido em investigações envolvendo os filhos de Bolsonaro, Jair Renan, no caso de tráfico de influência, e o senador Flávio Bolsonaro, no caso das “rachadinhas”.
Teriam sido monitorados também o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o hoje ministro da Educação, mas na época governador do Ceará, Camilo Santana, além de ministros do STF.
Até a promotora do Rio, Simone Sibilo, que atuou inicialmente nas investigações do caso Marielle, foi vigiada.
Houve a tentativa, por exemplo, de ligar os ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes ao PCC, Primeiro Comando da Capital.
Alexandre Ramagem não se pronunciou oficialmente, mas, em entrevistas à imprensa, chamou isso tudo de salada de narrativas antigas e negou o uso dos sistemas de monitoramento.
Em nota, a Abin informou ser a maior interessada na apuração rigorosa dos fatos e que continuará colaborando com as investigações.
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