Por: Kelven Junio
Em um episódio que chocou o meio jurídico, o promotor Francisco Santiago, durante uma sessão do Tribunal do Júri em Belo Horizonte, Minas Gerais, proferiu ofensas à advogada criminalista Sarah Quintetti Piron, referindo-se a ela de maneira ofensiva como “galinha garnizé” e insinuando que a mesma faria “striptease” durante a sessão. O fato ocorreu no último dia 26 de março e veio à tona através de um registro na ata da audiência, que detalhou o momento das ofensas.
Diante das declarações do representante do Ministério Público estadual (MP-MG), a advogada Sarah Quintetti manifestou sua indignação, recorrendo ao seu celular para gravar o ocorrido, ação que levou ao adiamento do julgamento, o qual se relacionava a um caso de homicídio. Expressando seu descontentamento, Quintetti, que possui 13 anos de atuação na advocacia, afirmou nunca ter sido submetida a tal desrespeito e humilhação.
A gravidade das ofensas proferidas pelo promotor Francisco Santiago motivou os advogados Rodrigo Badaró e Rogério Varela, membros do Conselho Nacional do Ministério Público, a protocolarem uma reclamação disciplinar contra Santiago. Na representação, os conselheiros enfatizaram a conduta inapropriada do promotor, que, ao invés de empregar suas prerrogativas funcionais para argumentação jurídica, optou por atacar a advogada presente.
A repercussão do caso reacendeu discussões sobre o respeito mútuo e a conduta ética esperada dos profissionais que atuam no âmbito da justiça. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), onde ocorreu a audiência, juntamente com o Ministério Público estadual, estão diante de um caso que desafia a integridade e o decoro que o sistema jurídico brasileiro se esforça em manter.
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— FOLHADOES (@jacksonrangel) April 2, 2024
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